sexta-feira, 7 de outubro de 2011


Este texto serve de apoio para o simulado do 3ª série
Popper
concepção clássica de ciência, classificada por indutivista, ou seja, a concepção do método científico designa-se como sendo indutiva, pois nela o raciocínio indutivo tem um importante papel decisivo: é a partir das observações particulares, que chegamos a uma teoria ou lei geral. No entanto neste tipo de raciocínio, apesar de as premissas serem verdadeiras a conclusão pode não o ser, por exemplo: da verdade de alguns, não se pode concluir a verdade de todos. Para além disto, é um raciocínio que nos conduz à descoberta, pois permite formular novas conclusões a partir de alguns casos observáveis que podem ser suficientes para uma generalização. É um raciocínio preditivo, isto é, permite através de experiências passadas, prever acontecimentos futuros.
Enquanto que na concepção clássica da ciência, o método aplicado é o indutivo, na teoria de Karl Popper o método usado é o hipotético-dedutivo. O método hipotético-dedutivo, define-se como uma prática cognitiva que tem como finalidade deduzir consequências de uma hipótese que se admitiu anteriormente, e verificar  a hipótese, para ver se esta é verdadeira ou não. Essas consequências, para que possam ser verificadas, têm de existir enquanto enunciado observacional. Generalizando podemos caracterizar o método hipotético-dedutivo como o método das ciências, que parte de hipóteses das quais se deduzem consequências; se estas se verificarem, a teoria é corroborada ou apoiada, em caso contrário é falsificada, ou seja perde o seu valor de verdade.
Breve opinião de Popper, acerca da ciência:
Para Popper, a ciência não é um sistema de enunciados certos ou bem estabelecidos, nem é um sistema que avance continuamente em direção a um estado de finalidade, isto é, não um conhecimento acabado. Embora a ciência jamais possa proclamar haver atingido a verdade ou uma probabilidade, as razões mais fortes de investigação científica continuam a ser o esforço por conhecer e a busca da verdade.

Filosofia e Ciência


Este pequeno texto é para ajudar o 3ª série no seu simulado deste trimestre.

Filosofia e Ciência
A demarcação das ciências naturais em relação à filosofia foi um processo longo e gradual no pensamento ocidental. Inicialmente, a investigação da natureza das coisas consistia numa mistura entre o que hoje seria visto como filosofia (considerações gerais das mais vastas sobre a natureza do ser e a natureza do nosso acesso cognitivo a ele) e o que hoje seria considerado como próprio das ciências particulares. Se olharmos para os fragmentos que nos restam das obras dos filósofos pré-socráticos, encontraremos não só tentativas importantes e engenhosas para aplicar a razão a questões metafísicas vastas, mas também as primeiras teorias físicas, simples mas extraordinariamente imaginativas, sobre a natureza da matéria e os seus aspectos mutáveis.
Na época da filosofia grega clássica já podemos encontrar uma certa separação entre as duas disciplinas. Nas suas obras metafísicas, Aristóteles faz claramente algo que hoje seria feito por filósofos; mas em muitas das suas obras de biologia, astronomia e física encontramos métodos de investigação que são hoje comuns na prática dos cientistas.
À medida que as ciências particulares, como a física, a química e a biologia, foram aumentando em número, canalizando cada vez mais recursos e desenvolvendo metodologias altamente individualizadas, conseguiram descrever e explicar os aspectos fundamentais do mundo em que vivemos. Dado o sucesso dos investigadores das ciências específicas particulares, há muito quem pergunte se ainda restará algo para os filósofos fazerem. Alguns filósofos pensam que existem áreas de investigação que são radicalmente diferentes das que pertencem às ciências particulares, como, por exemplo, a investigação sobre a natureza de Deus, sobre o "ser em si" ou sobre qualquer outra coisa do gênero.
Segundo uma perspectiva mais antiga, que foi perdendo popularidade ao longo dos séculos sem nunca desaparecer inteiramente, existe uma maneira de conhecer o mundo que nos seus fundamentos não precisam de depender da investigação observacional ou experimental própria do método das ciências particulares. Esta perspectiva foi influenciada parcialmente pela existência da lógica e matemática puras, cujas verdades firmemente estabelecidas não parecem depender, para que estejam garantidas, de qualquer base observacional ou experimental. De Platão e Aristóteles a Leibniz e aos outros racionalistas, passando por Kant e pelos idealistas, e mesmo até ao presente, tem persistido a esperança de que, se fôssemos suficientemente inteligentes e perspicazes, poderíamos estabelecer um corpo de proposições que descreveriam o mundo e que, no entanto, seriam conhecidas com a mesma certeza com que dizemos conhecer as verdades da lógica e da matemática. Poderíamos acreditar nessas proposições independentemente de qualquer apoio indutivo obtido de fatos específicos observados. Se dispuséssemos de um corpo de conhecimento como esse, não teríamos atingido o objetivo procurado durante séculos pela disciplina tradicionalmente conhecida por "filosofia"?
Segundo uma perspectiva mais recente, o papel da filosofia não é o de funcionar como fundamento ou extensão das ciências, mas como sua observadora crítica. A ideia é a de que as disciplinas científicas particulares usam conceitos e métodos. As relações entre os diversos conceitos, embora estejam implícitas no seu uso científico, podem não ser explicitamente claras para nós. O papel da filosofia da ciência seria assim o de clarificar essas relações conceituais. Uma vez mais, as ciências particulares usam métodos específicos para fazer generalizações, a partir de dados da observação, em direção a hipóteses e teorias. O papel da filosofia, segundo esta perspectiva, é o de descrever os métodos usados pelas ciências e explorar as bases de justificação desses métodos, isto é, compete à filosofia mostrar que os métodos são apropriados para encontrar a verdade na disciplina científica em questão.
Nas ciências específicas, as teorias por vezes não são adaptadas devido apenas à sua consistência com os dados da observação, mas também com base na sua simplicidade, força explicativa ou outras considerações que pareçam contribuir para a sua plausibilidade intrínseca. Quando constatamos isto, começamos a perder confiança na ideia de que existem dois domínios de proposições bastante diferentes: aquelas que são apoiadas apenas por dados empíricos, e aquelas que são apoiadas apenas pela razão. Muitos pensadores contemporâneos, como Quine, estariam dispostos a defender que as ciências naturais, a matemática, e até a lógica pura, formam um contínuo unificado de crenças sobre o mundo. Todas elas, defendem estes, são indiretamente apoiadas por dados da observação, mas todas contêm também elementos de apoio "racional". Se isto for verdade, não será a própria filosofia, vista como o lugar das verdades da razão, uma parte do todo unificado? Isto é, não será também a filosofia apenas uma componente do corpo das ciências especializadas?
Quando procuramos a descrição e a justificação apropriada dos métodos da ciência, parece que estamos à espera que os resultados específicos das ciências particulares entrem de novo em cena.Como poderíamos, por exemplo, justificar a confiança da ciência na observação sensorial se a nossa compreensão do processo perceptivo (uma compreensão baseada na física, na neurologia e na psicologia) não nos assegurasse que a percepção, tal como é usada quando se testam as teorias científicas, é realmente um bom guia da verdade sobre a natureza do mundo?
É ao discutir as teorias mais gerais e fundamentais da física que a imprecisão da fronteira entre as ciências naturais e a filosofia se torna mais manifesta. Dado que elas têm a ambição ousada de descrever o mundo natural nos seus aspectos mais gerais e fundamentais, não é surpreendente que os tipos de raciocínio usados ao desenvolver estas teorias altamente abstratas pareçam por vezes estar mais próximos dos raciocínios filosóficos que dos métodos usados quando se conduzem investigações científicas de âmbito mais limitado e particular. Mais adiante, à medida que explorarmos os conceitos e os métodos usados pela física quando esta lida com as suas questões fundamentais mais básicas, veremos repetidamente que pode estar longe de ser claro se estamos a explorar questões de ciência natural ou questões de filosofia. Na verdade, nesta área da investigação sobre a natureza do mundo, a distinção entre as duas disciplinas torna-se bastante obscura.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

HEGEL

Esse texto serve para fixar alguns pontos da Filosofia de Hegel que vocês não podem deixar de entender.


FRIEDRICH HEGEL

O contexto histórico de Hegel é o da influência das ideias iluministas, da Revolução Francesa, da derrocada do mundo feudal e pós nascimento da ordem burguesa. É nessa contradição dialética que Hegel formula seu idealismo: o uso da Razão para explicação filosófica.
Para Hegel essa contradição continua, pois a Alemanha  ainda estava mergulhada numa ordem feudal, estando politicamente dividida em diversos Estados não unificados.
A filosofia de Hegel é uma filosofia do devir ( do vir-a-ser (movimento e transformação)), com a finalidade de explicara a realidade em constante movimento. Descarta a lógica aristotélica que não é adequada para a explicação do movimento. A lógica hegeliana tem o princípio da dialética, que neste caso tem a ver com processo, é a estrutura contraditória do real, que passa por três momentos: o da identidade ( tese); o da contradição ( antítese) e o da positividade ou negação ( síntese).
Para Hegel a Ideia pura é a tese, esta para se desenvolver cria um objeto oposto a si, a Natureza   (antítese), que é a Ideia alienada, o mundo privado de consciência. Da luta desses dois princípios nasce uma síntese, o Espírito, a um tempo pensamento e matéria, isto é,  a Ideia que toma consciência de si através da Natureza.
O Espírito subjetivo do homem (emoção, desejo, imaginação) tese; a antítese e o Espírito Objetivo ( vontade coletiva por meio da moral, política, do direito) se realiza naquilo se chama mundo da cultura.  A síntese final é o Espírito Absoluto que tem no seu ápice a Filosofia, saber de todos os saberes, a autoconsciência.

Ex.: Quando começo a esculpir uma estátua, estou diante da matéria-prima ( a madeira), que depois é negada, isto é, destruída em sua forma natural, mas ao mesmo tempo é conservada, pois a madeira continua existindo como matéria, mas elevada a um objeto diferente, uma forma criada. Assim, o trabalho nega a natureza, mas não a destrói: a recria.
O conceito de história é derivado de um processo  de contradição. A história universal nada mais é o que a manifestação da Razão.


Dialética tomou vários sentidos ao longo da História, mas no geral, o sentido é de contradição, controvérsia

A realidade, para Hegel, é constituída pela marcha do pensamento, é este que cria a realidade, que é a manifestação exterior do pensamento. O mundo é a manifestação da ideia.
O Estado seria uma das mais altas sínteses do Espírito Objetivo, que sintetiza, numa realidade coletiva, a totalidade dos interesses contraditórios entre os indivíduos, assim como a família é a síntese dos interesses contraditórios entre seus membros, e a sociedade civil é a síntese que supera as divergências entre as diversas famílias. O Estado representa a unidade final que supera a contradição entre o privado e o público.
Diferente dos contratualistas Hegel coloca o Estado como fundamento da sociedade civil e família, e não vice-versa. O Estado é soberano, funda o povo, ele é a mais perfeita realidade. A  monarquia  é a melhor forma de governo,pois nunca colocaria o indivíduo em primeiro plano, pois o monarca rege pelo bem do Estado.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Expoliteratura Colégio Gênese

A Expoliteratura reúne e expõe para a comunidade escolar as produções literárias dos alunos do Colégio Gênese, desenvolvidas a partir dos projetos de leitura realizados no primeiro semestre.
O Colégio vira uma grande festa onde os grupos de alunos, auxiliados por seus professores, organizam oficinas onde os visitantes são convidados a vivenciar os livros lidos.
São promovidos teatros, exposição dos livros escritos pelos alunos, feiras de livros, oficinas interativas e muitas oportunidades de conhecer novos livros.
O tema desse ano é Histórias arrepiantes: literatura de suspense e mistério, venham e aproveitem!!!!

domingo, 22 de maio de 2011

Domínio Público

Esse site é muito interessante para todo mundo, mas principalmente para os alunos!
O site fornece diversos livros e que já estão em domínio público, isto é cujos autores já morreram há mais de 70 anos.
Eles estão por ordem de maior procura: os mais populares primeiro e os menos populares por último.
Explorem! Há muitos livros pedidos pelos professores durante o curso de Ensino Médio, além de outros muito interessantes!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Projeto Por Um Trânsito Solidário

 Projeto – Por um trânsito solidário

Esse projeto tem como meta aliar o concurso educacional da CET aos objetivos de séries, elaborados pelos professores, coordenação e direção de nosso colégio, e aos objetivos específicos das disciplinas de Filosofia, Sociologia e História.
Os alunos devem ser incentivados a ações que os tornem indivíduos críticos, argumentativos e agentes de suas próprias histórias; que reconheçam que suas ações cotidianas são responsáveis pela formação da sociedade em que vivem; que percebam a necessidade de atitudes responsáveis, para si e para o outro; que sejam éticos buscando não tirar proveito de situações; que se tornem acolhedores com as dificuldades alheias; que tenham maior compreensão, não só com os seus desejos, mas com o dos outros também.
Como um concurso sobre trânsito pode nos ajudar a alcançar esses objetivos?
O tema proposto pelo CET, segurança no trânsito, proporciona o trabalho com diversos conceitos formadores, tais como responsabilidade, respeito, ética e cidadania, conceitos estes que embasarão as ações e atividades propostas.
Os alunos do ensino médio irão, após pesquisa e discussão em grupo, produzir materiais, tais como vídeos, jogos de tabuleiros, desenhos para colorir, placas de sinalização, jogos interativos de trânsito, cantigas de roda entre outros. Estes materiais servirão de base para que os alunos, chamados de tutores, de uma forma lúdica e dinâmica, passem o conteúdo que embasará os trabalhos dos alunos tutelados, das turmas do infantil ao fundamental II.
Os temas indicados pela CET estão divididos em categorias:

QUEM PARTICIPA
TRABALHO
TEMA
Alunos de Educação Infantil (que tenham 3 anos ou mais)
Colagem
O que vejo no trânsito no meu caminho a pé casa/escola
Alunos do 1º ao 3º ano
Cartaz
Como atravesso a rua
Alunos do 4º e 5º anos
Cartaz
Como atravesso a rua
Alunos do 6º e 7º anos
Cartaz
Como atravesso a rua
Alunos do 8º e 9º anos
Cartaz
Como atravesso a rua
Alunos do Ensino Médio
História em Quadrinhos
Pedestre: Eu respeito


As turmas tutoras e seus tutelados estão assim divididas:
TUTORES
TUTELADOS
3ª série do EM
Infantil; 8º e 9º anos
2ª série do EM        
1º ao 5º anos
1ª série do EM
6º e 7º anos

O período do projeto é do dia 23 de maio ao dia 20 de junho.


CET - Prêmio CET



CET - Prêmio CET

Novo projeto em fase de implantação!!!



Atenção! Vamos começar a trabalhar o Projeto CET - Por um trânsito solidário.

Olhem o site da CET para ficarem a par de prêmios e temas específicos de seus tutelados!

Em breve postarei os objetivos do projeto.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Projeto Prêmio das Crianças do Mundo

Prêmio das Crianças do Mundo

O Prêmio das Crianças do Mundo é um programa educacional, voltado  para crianças e jovens, que tem como objetivo  contribuir para um mundo mais humano. Envolve   53.800 escolas, com mais de 24,5 milhões de estudantes, em 102 países .  Todos os anos, milhões de crianças aprendem sobre direitos da criança, democracia e amizade mundial através do programa.  Na Votação Mundial, as crianças escolhem quem irá receber o prêmio pelo trabalho extraordinário em prol dos direitos da criança. Os nomeados ao prêmio são selecionados por um júri infantil cujos membros são especialistas em Direitos da Criança a partir de suas próprias experiências de vida – como crianças soldados, escravas por dívida, crianças moradoras de rua, crianças que lutam pelos direitos da criança e outras. Os homenageados com o Prêmio tornam-se modelos para milhões de crianças. O prêmio em dinheiro, USD 100.000 em 2011, é usado para ajudar algumas das crianças em situação mais vulnerável no mundo a ter uma vida melhor.
No Colégio Gênese esse projeto envolveu todos os alunos!
Como parte do conteúdo das disciplinas de Filosofia, Sociologia e História buscamos no período de 14 de março a 19 de abril trabalharmos conceitos e valores fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e humana.
Partindo do conhecimento da vida e projeto dos três nomeados de 2011, elaboramos atividades de discussão e reflexão sobre as condições em que vivem muitas crianças em diversas parte do mundo, e a partir dessas reflexões extrapolamos para a conhecimento de nossa própria sociedade e suas mazelas.
Trabalhando com a dinâmica de grupos tutores elaboramos um projeto envolvente que proporcionou  aos alunos o desenvolvimento de habilidades como, flexibilidade, organização, coordenação, leitura e escrita entre outras. As atividades resultantes do projeto foram expostas em três etapas:
A  primeira etapa ocorreu quando os alunos da 2ª série do ensino médio, no papel de tutores, após apresentação do tema, elaborou junto aos alunos do 6º ano o concurso das urnas que seriam utilizadas, escolhidas mediante votação de todo os alunos do colégio.  Esses mesmos tutores orientaram a confecção de cartazes e desenhos para as cabines de votação, executados pelos alunos do 7º ano. A outra etapa aconteceu quando os alunos da 3ª série do  ensino médio, após pesquisa  do tema e elaboração de material lúdico correpondente, apresentaram as turmas do ensino fundamental I a proposta do Prêmio das Crianças do Mundo com uma linguagem apropriada e jogos interativos. A finalização do projeto se deu com a apresentação dos nomeados, pelos alunos do 8º e 9º anos, tutelados pela 1ª série do ensino médio, através de pequenas peças e apresentações.
A votação, dirigida pelo 6º ano,  e envolvendo 201 alunos deu a Monira Rahman o maior número de votos da escola.
Todos os alunos envolvidos no projeto, com certeza, tiveram a oportunidade de conhecer novas realidades, culturas diferentes, assim como aprenderam a lidar com seus companheiros de escola, sendo no papel de tutores ou tutelados, buscando desenvolver a flexibilidade, a solução de problemas,  a compreensão e principalmente  o respeito pelo  Outro, fundamental para o desenvolvimento de um indivíduo melhor, que fará a diferença na sociedade, como um todo.