terça-feira, 5 de junho de 2012

Segunda Guerra Mundial



Esse resumo visa ajudar os alunos do 9º ano e da 3ª série EM nas provas mensais.
Obs.: Mas atenção! Não deixe de ler o texto base na apostila! A síntese é para ajudar a fixar alguns pontos discutidos em sala, em ambas as turmas.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

CAUSAS
Podemos dizer que uma das principais causas da Segunda Grande Guerra foi o Tratado de Versalhes.
Esse Tratado, assinado em 1919 e que encerrou oficialmente a Primeira Grande Guerra, determinava que a Alemanha assumisse a responsabilidade por ter causado a Primeira Guerra e obrigava o país a pagar uma dívida aos países prejudicados, além de outras exigências como o impedimento de formar um exército reforçado e o reconhecimento da independência da Áustria. Isso é claro, trouxe revolta aos alemães, que consideraram estas obrigações uma verdadeira humilhação.
O INÍCIO DA GUERRA
Um conflito sangrento que deixou danos irreparáveis em toda a humanidade.
Uma guerra entre Aliados e as Potências do Eixo.
China, França, Grã-Bretanha, União Soviética e EUA formavam os Aliados, enquanto que Alemanha, Japão e Itália formavam as Potências do Eixo.
Estes últimos tinham governos fascistas e tinham por objetivo dominar os povos, que na opinião deles eram inferiores, e construir grandes impérios.
NOTA
Na Europa surgiram partidos políticos que pregavam a instalação de um regime autoritário. Esses partidos formavam um movimento denominado Fascismo.
Os fascistas acreditavam que a democracia era um regime fraco e incapaz de resolver a crise econômica. O país precisava de um líder com autoridade suficiente para acabar com a “bagunça” instalada, promovida por grevistas, criminosos e desocupados.
PRINCIPAIS DITADORES FASCISTAS
Benito Mussolini: Itália.
Hitler: Alemanha (Os fascistas alemãs eram chamados de nazistas).
Franco: Espanha.
Salazar: Portugal.
PRINCIPAIS IDÉIAS FASCISTAS
Anticomunismo.
Antiliberalismo (os fascistas defendiam um regime ditatorial)
Totalitarismo (o indivíduo deve obedecer ao Estado)
Militarismo e Culto à violência (a guerra era considerada a atividade mais nobre do homem).
Nacionalismo xenófobo (xenofobia: ódio a tudo que é estrangeiro).
Racismo
Na Alemanha, Hitler queria formar uma “raça ariana”, ou seja, uma raça superior a todas as outras.
O início da guerra se deu quando Hitler invadiu a Polônia em setembro de 1939.
A razão desta invasão foi o fato da Polônia ter conseguido (através do Tratado de Versalhes) a posse do porto de Dantzig. Hitler não queria isso, ele queria que Dantzig fosse incorporada à Alemanha.
Nos primeiros anos da guerra, as Potências do Eixo levaram vantagem.
A Alemanha tomou a Polônia, Bélgica, Noruega, Dinamarca e Holanda.
Em 1940 a França se rendeu e em seguida foi a vez da Romênia, Grécia e Iugoslávia.
A Inglaterra foi bombardeada, porém resistiu.
Hungria, Bulgária e Romênia se uniram às Forças do Eixo.
Em 1941, o Japão atacou Pearl Harbor e partia para dominar a Ásia. Dias depois Hitler declarava guerra aos EUA.
A entrada dos americanos na guerra reforçou o lado dos Aliados, pois os EUA possuíam uma variedade de recursos bélicos.
Hitler já se achava vencedor, quando as coisas começaram a mudar.
O líder nazista achava que a URSS ainda era um país atrasado e cheio de analfabetos, ele não tinha idéia que o país havia crescido e se tornado uma grande potência.
Ao ordenar o ataque à URSS, os nazistas se depararam com uma grande muralha ofensiva e pela 1ª vez se sentiram acuados.
AS PERDAS NAZISTAS E O FIM DA GUERRA
O final da guerra começou quando Hitler deslocou suas tropas em direção ao Cáucaso, fonte de petróleo da URSS, pois foi nessa região que aconteceu a Batalha de Stalingrado (entre setembro de 42 e fevereiro de 43), que deixou mais de um milhão de nazistas mortos. A Batalha de Stalingrado é considerada a maior derrota alemã na guerra.
O Exército Vermelho Soviético foi vencendo e empurrando os nazistas de volta à Alemanha, como vingança os nazistas queimavam e matavam tudo que viam pela frente.
A tentativa de ocupar Stalingrado foi frustrada e o restante do exército que lutava nessa frente rendeu-se aos russos em 1943. Essa vitória trouxe novos rumos ao conflito. As Potências do Eixo perderam 2 países (Marrocos e Argélia) e em junho de 43 os Aliados conquistaram a Sicília.
Todas estas vitórias trouxeram conflitos internos entre os fascistas e estas divergências acabaram por afastar Mussolini do poder. O seu lugar foi assumido pelo Rei Vítor Emanuel que em 1943 assinou um armistício (trégua) com os Aliados e declarou guerra à Alemanha.
No dia 6 de junho de 1944 – chamado o Dia D – os aliados tomaram a Normandia e o cerco alemão sobre a França foi vencido.
Em agosto os Aliados libertaram Paris.
A alta cúpula alemã já previa a derrota, mas Hitler não aceitava esta verdade.
No mesmo ano, querendo dar fim à guerra, oficiais nazistas tentaram matar Hitler num atentado a bomba, mas falharam.
A guerra prosseguia com vários ataques dos aliados e os alemães já sentiam que o fim estava próximo.
Em abril de 45, tropas aliadas – americanas, inglesas e russas – invadiram a Alemanha.
Mussolini foi capturado ao tentar fugir para a Suíça. Ele foi condenado ao fuzilamento. Sua morte se deu no dia 28 de abril de 1945, 2 dias depois Hitler se suicida e no dia 8 de maio a Alemanha se rende.
Embora a guerra tenha terminado na Europa, ela continuava no pacífico e na Ásia. O Japão sofria derrotas diante dos EUA, já que não podia competir com os armamentos norte-americanos.Os japoneses estavam quase se rendendo quando
no dia 6 de agosto de 45, os EUA jogaram uma bomba atômica em Hiroshima e 3 dias depois, foi a vez de Nagasaki ser destruída pela bomba.
O lançamento das bombas causou a rendição dos japoneses.
O HOLOCAUSTO
Os nazistas eram anti-semitas. Eles odiavam judeus e queriam eliminá-los para garantir a superioridade da raça ariana.
Os judeus foram enviados aos campos de concentração para serem mortos, que no total somavam mais de 6 milhões. O mais famoso campo de concentração foi o de Auschwitz (localizado na Polônia).
Não foram somente os judeus que foram perseguidos. Homossexuais e ciganos também sofreram perseguições e passaram fome.
O BRASIL NA GUERRA
Milhares de soldados brasileiros foram lutar na guerra. Sua participação foi modesta, já que não tínhamos um armamento igual ao dos americanos. Mas a participação dos pracinhas foi tão importante que ao voltarem para o Brasil foram considerados heróis.

CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA
A guerra terminou em 1945 e deixou para trás mais de 40 milhões de mortos e cidades em ruínas, fora os que ficaram mutilados, sem moradia e sem família. Os Aliados instauraram o Tribunal de Nuremberg para julgar os fascistas por crimes de guerra. Os nazistas responsáveis pela morte de judeus ou civis foram condenados à morte ou à prisão perpétua.
Logo após a guerra foi fundada a ONU (Organização das Nações Unidas), localizada em Nova York. Sempre que surge um conflito internacional, o Conselho de Segurança da ONU procura resolver o problema com diálogos e cooperação. Um dos órgãos mais importantes da ONU é a Unicef.
Após a guerra o mundo iniciava uma nova fase histórica: a de reconstrução. Os EUA e a União Soviética saíram do conflito como duas grandes potências mundiais.
Os EUA saíram da guerra como a maior potência mundial.
A URSS ficou em segundo lugar. O país teve 25 milhões de mortos e parte de suas construções sumiu do mapa.
Uma das maiores consequências da Segunda Guerra foi a rivalidade entre esses dois países, rivalidade esta, que resultou na Guerra Fria.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Prêmio das Crianças do Mundo - 2012






"Todos os anos, milhões de crianças em todo o mundo organizam sua própria Votação Mundial pelos Direitos da Criança. Elas chegam ao local de votação em camelos e bicicletas, em barcos, a pé, em motos de neve ou carroças puxadas por cavalos.


Na primeira Votação Mundial, em 2001, 19.000 crianças participaram. Em 2009, mais de 7,1 milhões de crianças votaram. Mesmo as crianças em estados de partido único e que vivem em ditaduras participam. Na Birmânia, as crianças usam revistas e cédulas contrabandeadas através da fronteira com a Tailândia. No Zimbábue, mais de meio milhão de crianças participaram da votação organizada pelas meninas da Girl Child Network.


Na primeira Votação Mundial, em 2001, 19.000 crianças participaram. Em 2009, mais de 7,1 milhões de crianças votaram. Mesmo as crianças em estados de partido único e que vivem em ditaduras participam. Na Birmânia, as crianças usam revistas e cédulas contrabandeadas através da fronteira com a Tailândia. No Zimbábue, mais de meio milhão de crianças participaram da votação organizada pelas meninas da Girl Child Network."
http://worldschildrensprize.org/



No Colégio Gênese participamos, todos os anos, desse importante movimento. Trabalhar com o prêmio nos proporciona reconhecer o Outro, dentro de contexto social e cultural diferentes do nosso. Nos permite, também, sairmos da zona de conforto de nossa realidade.
Ao estudarmos os candidatos e suas lutas, percebemos que muitas coisas podem ser reconhecidas em nossa realidade cultural. Crianças em situações de risco existem, muitas vezes, tão perto e não percebemos.
O projeto é trabalhado com todas as turmas do colégio, respeitando sua maturidade e conhecimento, buscando desenvolver o sentido de agente histórico e social de cada um.
Nos envolvemos em discussões e conversas desde o mês de março e culminamos com a votação em maio.

Os alunos do Terceiro Ano trabalham o projeto de uma forma bem lúdica com os alunos do fundamental I. Buscam, através de jogos e brincadeiras, mostrar o objetivo principal do Prêmio das Crianças do Mundo: o respeito aos direitos de todas as crianças. Mostram também, que há pessoas, em diferentes culturas, que lutam pelas crianças e trabalhem a construção de um mundo melhor para todos.

Em um total de 163 crianças votantes tivemos a seguinte apuração:

Anna Mollel = 73 votos.
Sakena Yacoobi = 32 votos.
Ann Skelton = 58 votos.

A homenageada escolhida pela votação mundial deste ano foi Anna Mollel, mas devemos nos lembrar que todas as homenageadas ganham, pois seus trabalhos são importantes em seus países de origem.

Saiba um pouco mais sobre Anna Mollel e sua luta.

Aos seis anos, Anna Mollel percebeu, pela primeira vez, como era difícil a vida das crianças deficientes nas aldeias massai, no norte da Tanzânia. A pior experiência veio muitos anos depois, quando ela já tinha um longo histórico na luta pelos direitos das crianças deficientes.

Anna chegou a uma aldeia que acreditava estar totalmente desocupada, mas encontrou, abandonada no chão de uma casa, uma menina de oito anos que não conseguia se mexer e que teria morrido se Anna não tivesse ido até lá. Saiba mais sobre Anna e seu trabalho na revista O Globo

Anna Mollel é nomeada ao Prêmio das Crianças do Mundo 2012 por sua longa luta de mais de 20 anos em prol das crianças deficientes nas áreas rurais pobres do nordeste da Tanzânia.
Graças a Anna e à sua organização, o Huduma ya Walemavu, milhares de crianças com deficiência têm a oportunidade de viver uma vida digna. Elas recebem assistência médica, cirurgia, fisioterapia, terapia, cadeiras de rodas e outros dispositivos de suporte, a oportunidade de ir à escola, segurança e amor.

Anna sempre consegue ações em prol das crianças deficientes, ao falar sobre seus direitos para políticos e organizações, mas especialmente às pessoas nas aldeias rurais remotas.

Desde 1990, 12.500 crianças, principalmente da etnia massai, têm uma vida melhor graças a Anna e ao Huduma ya Walemavu. Crianças que teriam sido negligenciadas, abandonadas e poderiam ter morrido se não fosse pela luta de Anna em prol de seus direitos.





Universidade Aberta- Santa Casa

A Santa Casa fará no dia 04 de junho uma programação, muito interessante, para quem está interessado, ou mesmo em dúvida, de seguir a carreira de medicina. Vou deixar a programação e o link para que vocês tenham mais informações.

http://www.dcma.com.br/


PORTAS ABERTAS

Visita de vestibulandos a Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa
        de São Paulo - FCMSCSP “FCMSCSP de Portas Abertas”

Valor R$25,00
Data: 04/06/2012
Horário de início: 13h30m
Horário de término: 20h00
Local: Complexo Santa Casa De São Paulo
Endereço: Rua Dr Cesário Motta, 61

Horário Atividade
13h30 – 14h00 Apresentação do curso de medicina da FCMSCSP
14h00 – 14h20 “A Escolha da Profissão Médica” – Psicologia Médica
14h20 – 14h40 Palestra do Dep. De Medicina (Clínica Médica)
14h40 – 15h00 Palestra do Dep. De Medicina Social
15h00 – 15h20 Palestra do Dep. De Fisiologia (grupo A) /Visita ao Centro de Simulação (grupo B)
15h20 – 15h40 Visita ao Centro de Simulação (grupo A)/ Palestra do Dep. De Fisiologia (grupo B)
15h40 – 16h00 Coffee-Break
16h00 – 16h20 Visita ao Laboratório do Dep. De Morfologia
16h20 – 17h30 Visita pelo Complexo Hospitalar da Santa Casa
17h30 – 17h50 Palestra do Dep. De Patologia e Visita ao Laboratório de Patologia
17h50 – 19h00 Palestras com Especialidades Médicas
19h00 – 19h20 Coffee-Break.
19h20 – 19h50 Apresentação dos Órgãos Acadêmicos e da Batusanta.
19h50 – 20h00 Encerramento
Saiba Mais

Atenção

Itens obrigatórios para a visita a FCMSCSP
- Calça Comprida
- Calçado Fechado
- Documento com Foto (RG, CNH, Reservista)
- Foto 3x4

Preencha todos os campos e crie seu boleto no final para concluir sua inscrição.
Preencha o formulário aqui.
Após pagamento envie cópia do comprovante para o e-mail: tesouraria@dcma.com.br

Contatos:
- DCMA -             (11) 3361-2319    
- Email: dcma@dcma.com.br / cientificodcma@gmail.com

O Departamento Científico “Manoel de Abreu” – DCMA agradece o interesse pela visita!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Platão - 1º ano EM



O texto abaixo servirá para apoio na prova mensal. 



PLATÃO

Seu professor, Sócrates, não escreveu seus ensinamentos. Platão, como discípulo de Sócrates, escreveu muito dos ensinamentos que lemos dele.  Porém, nos diálogos, Platão faz do personagem Sócrates porta-voz de seus próprios pensamentos, de modo que é difícil estabelecer quais são os ideais de Platão e quais são os de Sócrates.
Em 399 a .C. Platão testemunhou o julgamento e a condenação de Sócrates, tendo sido acusado de corromper a mente dos jovens e não acreditar nos deuses. Após a execução de Sócrates, revoltado com a democracia Ateniense e talvez preocupado com sua própria segurança, Platão deixou Atenas e foi para a Sicília e para o Egito, onde passou aproximadamente dez anos viajando.
Em 387, com seu regresso a Atenas, Platão fundou uma Academia, uma instituição tida como a primeira universidade da Europa.  A Academia oferecia um currículo de matérias tais como astronomia, biologia, ciências políticas e filosofia. Aristóteles foi o aluno mais famoso da Academia.  A Academia de Platão se manteve em funcionamento por mais de novecentos anos.
Em 367 Platão retornou a Sicília tentando influenciar a política local com seus ideais, mas logo voltou a Academia em Atenas onde passou o resto de sua vida, com exceção de algumas viagens, onde ensinava e escrevia. Platão faleceu em 347 a .C., com oitenta anos de idade.
SUAS OBRAS
Fases dos diálogos
Os ensinamentos de Platão foram escritos em forma de diálogo, de uma conversa ou um debate entre várias pessoas.
Seus diálogos são divididos em três fases. A primeira fase é representada com Platão tentando comunicar a filosofia de Sócrates. Muitos dos diálogos têm a mesma forma. Sócrates encontra alguém que diz que sabe muito. Sócrates se diz ignorante a procura de conhecimento e faz várias perguntas, mostrando que aquele que se dizia mestre no assunto realmente não sabe nada. Os diálogos terminam em aporia.
Os diálogos da segunda e terceira fase relatam as próprias ideias de Platão, por mais que ele continue a utilizar Sócrates como personagem em seus diálogos.
Teoria das Formas ou das Ideias
A parte central da filosofia de Platão é a teoria das formas, ou o mundo das ideias.
Ideias ou formas são arquétipos imutáveis. De acordo com Platão só essas ideias/formas são constantes e reais. Platão divide o mundo em duas partes – o mundo das ideias, onde tudo é constante e real, e o mundo físico em que vivemos, onde o fluxo é constante e a realidade é relativa. As formas então mantêm a ordem e a estrutura das ideias do mundo.
Platão distinguiu dois níveis de saber: opinião e conhecimento. Afirmações relacionadas com o mundo físico, são consideradas como uma opinião, mesmo que estivessem baseadas na lógica ou na ciência. Segundo Platão, o conhecimento é derivado da razão e não da experiência.  Ele pregava que somente através da razão atingimos o conhecimento das formas.
Platão diz que as formas têm uma realidade que vai além do mundo físico por causa de sua perfeição e estabilidade. O mundo físico se parece com as formas, mas devido a constantes mudanças nunca chega a sua perfeição.
Um exemplo para entender a diferença entre o mundo das formas e o mundo físico é dado por Platão em termos matemáticos. Devido ao mundo das formas temos a concepção de um círculo perfeito – totalmente redondo composto de uma série de pontos que apresentam exatamente a mesma distância do ponto central. No mundo físico, porém, essa figura não é vista. Círculos nunca são desenhados perfeitamente. A idéia do círculo existe e é imutável, porém ela só pode ser conhecida pela razão e não pela experiência do círculo perfeito no mundo físico.
Platão aplica sua teoria a conceitos como beleza, justiça, bondade, entre outros. A pessoa é bela ou justa por que nela há algo que se parece com a forma do belo ou do justo, presente no mundo das ideias. O amor no mundo das ideias também é perfeito, daí vem a expressão amor platônico, utilizada nos dias de hoje.
Teoria Política
A República é a maior e mais reconhecida obra política de Platão.  A obra se foca na questão de justiça: Como é um Estado justo? Quem é um individuo justo?
Segundo Platão, a melhor forma de governo é a aristocracia por mérito. Platão divide o estado ideal em três classes: a classe dos comerciantes, a classe dos militares e a classe dos filósofos-reis. Os filósofos-reis são encarregados de governar o país. As classes não são hereditárias, elas são determinadas pelo tipo de educação obtida pela pessoa.  Com maior nível de educação a pessoa se pertence à classe dos filósofos-reis.
A República aborda diversos temas sobre justiça, governo e apresenta um governo utópico. Essa obra vem sendo amplamente lida através dos séculos, por mais que suas propostas nunca foram adotas como uma forma de governo concreta.

Alegoria da Caverna
Todos nossos sentidos, diz Sócrates, mantêm uma relação direta com o que sentem. Não é esse, porém, o caso da visão. Para que a visão se realize, não bastam os olhos (ou a faculdade da visão) e as coisas coloridas (pois vemos cores e são elas que desenham a figura, o volume e as demais qualidades da coisa visível), mas é preciso um terceiro elemento que permita aos olhos verem e às coisas serem vistas: para que haja um visível visto é preciso a luz. A luz não é o olho nem a cor, mas o que faz com que o olho veja a cor e que a cor seja vista pelo olho. É graças ao Sol que há um mundo visível. Por que as coisas podem ser vistas? Porque a cor é filha da luz. Por que os olhos são capazes de ver? Porque são filhos do Sol: são faróis ou luzes que iluminam as coisas para que se tornem visíveis. A visão é, assim, uma atividade e uma passividade dos olhos. Atividade, porque é a luz do olhar que torna as coisas visíveis. Passividade, porque os olhos recebem sua luz do Sol.
Conhecer a verdade é ver com os olhos da alma ou com os olhos da inteligência. Assim como o Sol dá sua luz aos olhos e às coisas para que haja mundo visível, assim também a idéia suprema, a idéia de todas as ideias, o Bem (isto é, a perfeição em si mesma) dá à alma e às ideias sua bondade (sua perfeição) para que haja mundo inteligível. Assim como os olhos e as coisas participam da luz, assim também a alma e as ideias participam da bondade (ou perfeição) e é por isso que a alma pode conhecer as ideias. E assim como a visão é passividade e atividade do olho, assim também o conhecimento é passividade e atividade da alma: passividade, porque a alma precisa receber a ação das ideias para poder contemplá-las; atividade, porque essa recepção e contemplação constituem a própria natureza da alma.
Assim como na treva não há visibilidade, assim também na ignorância não há verdade.
Sob a analogia da luz, a diferença entre o sensível e o inteligível se apresenta assim:
MUNDO SENSÍVEL
MUNDO INTELIGÍVEL
Sol
Luz
Cores
Olhos
Visão
Treva, cegueira
Privação de luz
Bem
Verdade

Ideias
Alma racional ou inteligência
Intuição
Ignorância, opinião

Privação de verdade

Essa analogia é o tema do Mito da Caverna, narrado por Sócrates a Glauco para fazê-lo compreender o sentido da paidéia filosófica, isto é, da dialética e do conhecimento verdadeiro.
Imaginemos, diz Sócrates, uma caverna subterrânea separada do mundo externo por um alto muro. Entre este e o chão da caverna há uma fresta por onde passa alguma luz exterior, deixando a caverna na obscuridade quase completa.
Desde seu nascimento, geração após geração, seres humanos ali estão acorrentados, sem poder mover a cabeça na direção da entrada, nem se locomover, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto o mundo exterior nem a luz do Sol, sem jamais ter efetivamente visto uns aos outros, pois não podem mover a cabeça nem o corpo, e sem se ver a si mesmos porque estão no escuro e imobilizados. Abaixo do muro, do lado de dentro da caverna, há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna.
Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres, animais cujas sombras também são projetadas na parede da caverna, como num teatro de fantoches. Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas e pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas, e que os artefatos projetados são seres vivos que se movem e falam.
Nesse ponto, Glauco diz a Sócrates que o quadro descrito por ele lhe parece algo estranho, incomum e inusitado. Sócrates, porém, diz-lhe que os prisioneiros “são semelhantes a nós”. E prossegue. Os prisioneiros se comunicam, dando nomes às coisas que julgam ver (sem vê-las realmente, pois estão na obscuridade) e imaginam que o que escutam, e que não sabem que são sons vindos de fora, são as vozes das próprias sombras e não vozes dos seres reais. Qual é, pois, a situação dessas pessoas aprisionadas?
Tomam sombras por realidade, tanto as sombras das coisas e dos homens exteriores como as sombras dos artefatos fabricados por eles. Essa confusão, porém, não tem como causa a natureza dos prisioneiros e sim as condições adversas em que se encontram. Por isso Sócrates indaga: que aconteceria se fossem libertados dessa condição de miséria e, “retornando à sua natureza, pudessem ver as coisas e ser curados de sua ignorância?”.
Essa pergunta é um tanto grave. De fato, para os prisioneiros, o único mundo real é a caverna, portanto, a obscuridade na qual não podem se ver nem ver os outros não é percebida como tal e sim experimentada como realidade verdadeira. E a caverna é para eles todo o mundo real, pois não sabem que o que vêem na parede do fundo são sombras de um outro mundo, exterior à caverna, uma vez que não podem virar a cabeça para ver que há algo lá fora e que é de lá de fora que outros homens lhes enviam imagens e sons.
Ora, se para os prisioneiros o mundo real é a caverna, como poderiam sair da ilusão se não sabem que vivem nela?
Um dos prisioneiros, inconformado com a condição em que se encontra, decide abandoná-la. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. De início, move a cabeça, depois o corpo todo; a seguir, avança na direção do muro e o escala. Enfrentando as durezas de um caminho íngreme e difícil, sai da caverna. No primeiro instante, fica totalmente cego pela luminosidade do Sol, com a qual seus olhos não estão acostumados. Enche-se de dor por causa dos movimentos que seu corpo realiza pela primeira vez e pelo ofuscamento de seus olhos sob a ação da luz externa, muito mais forte do que o fraco brilho do fogo que havia no interior da caverna. Sente-se dividido entre a incredulidade e o deslumbramento. Incredulidade porque está obrigado a decidir onde se encontra a realidade: no que vê agora ou nas sombras em que sempre viveu. Deslumbramento (literalmente: ferido pela luz) porque seus olhos não conseguem ver com nitidez as coisas iluminadas. Seu primeiro impulso é retornar à caverna para livrar-se da dor e do espanto. Embora esteja reconquistando sua verdadeira natureza, o sofrimento que essa reconquista lhe traz é tão grande que se sente atraído pela escuridão, que lhe parece mais acolhedora. Além disso, precisa aprender a ver e esse aprendizado é doloroso, fazendo-o desejar a caverna, onde tudo lhe é familiar e conhecido.
A descrição platônica é dramática: o caminho em direção ao mundo exterior é íngreme e rude; o prisioneiro libertado sofre e se lamenta de dores no corpo; a luz do Sol o cega; ele se sente arrancado, puxado para fora por uma força incompreensível. Platão narra um parto: o parto da alma que nasce para a verdade e é dada à luz.
Sentindo-se sem disposição para regressar à caverna por causa da rudeza do caminho, o prisioneiro permanece no exterior. Aos poucos, habitua-se à luz e começa a ver o mundo. Encanta-se, tem a felicidade de finalmente ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras. Doravante, desejará ficar longe da caverna para sempre e lutará com todas as suas forças para jamais regressar a ela. No entanto, não pode evitar lastimar a sorte dos outros prisioneiros e, por fim, toma a difícil decisão de regressar ao subterrâneo sombrio para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também.
Assim como a subida foi penosa, porque o caminho era ingrato e a luz, ofuscante, também o retorno será penoso, pois será preciso habituar-se novamente às trevas, o que é muito mais difícil do que se habituar à luz. De volta à caverna, o prisioneiro fica cego novamente, mas, agora, por ausência de luz. Ali dentro, é desajeitado, inábil, não sabe mover-se entre as sombras nem falar de modo compreensível para os outros, não sendo acreditado por eles. Torna-se objeto de zombaria e riso, e correrá o risco de ser morto pelos que jamais se disporão a abandonar a caverna. Impossível aqui não identificar a figura de Sócrates na do prisioneiro que se liberta, retorna e é morto pelos homens das sombras.
A caverna, explica Sócrates a Glauco, é o mundo sensível onde vivemos. O fogo que projeta as sombras na parede é um reflexo da luz verdadeira (do Bem e das ideias) sobre o mundo sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis, que tomamos pelas verdadeiras, e as imagens ou sombras dessas sombras, criadas por artefatos fabricados de ilusões. Os grilhões são nossos preconceitos, nossa confiança em nossos sentidos, nossas paixões e opiniões. O instrumento que quebra os grilhões e permite a escalada do muro é a dialética. O prisioneiro curioso que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a luz plena do ser, isto é, o Bem, que ilumina o mundo inteligível como o Sol ilumina o mundo sensível. O retorno à caverna para convidar os outros a sair dela é o diálogo filosófico, e as maneiras desajeitadas e insólitas do filósofo são compreensíveis, pois quem contemplou a unidade da verdade já não sabe lidar habilmente com a multiplicidade das opiniões nem se mover com engenho no interior das aparências e ilusões.
Os anos despendidos na criação do instrumento para sair da caverna são o esforço da alma para libertar-se. Conhecer é, pois, um ato de libertação e de iluminação. A paidéia filosófica é uma conversão da alma voltando-se do sensível para o inteligível. Essa educação não ensina coisas nem nos dá a visão, mas ensina a ver, orienta o olhar, pois a alma, por sua natureza, possui em si mesma a capacidade para ver.
O Mito da Caverna apresenta a dialética como movimento ascendente de libertação do olhar intelectual que nos livra da cegueira para vermos a luz das ideias. Mas descreve também o retorno do prisioneiro para convidar os que permaneceram na caverna a sair dela, ensinando-lhes como quebrar os grilhões e subir o caminho. Há, assim, dois movimentos: o de ascensão (a dialética ascendente), que vai da imagem à crença ou opinião, desta para as matemáticas e destas para a intuição intelectual e a ciência; e o do descenso (a dialética descendente), que consiste em praticar com outros o trabalho para subir até às ideias.
Os olhos foram, portanto, feitos para ver, a alma foi feita para conhecer. Os primeiros estão destinados à luz solar, a segunda, à fulguração/revelação da idéia. A dialética é a técnica que liberta os “olhos do espírito”.
O relato da subida e da descida expõe a Paidéia como dupla violência necessária para a liberdade e para a realização da natureza verdadeira da alma: a ascensão é difícil, dolorosa, quase insuportável; o retorno à caverna, uma imposição terrível à alma libertada, agora forçada a abandonar a luz e a felicidade. A dialética, como toda técnica, é uma atividade exercida contra uma passividade, é um esforço para obrigar uma dÚnamij a se atualizar, um trabalho para concretizar um fim, forçando um ser a realizar sua própria natureza. No Mito da Caverna, a dialética leva a alma a ver sua própria essência ou forma , isto é, conhecer, vendo as essências ou formas, para descobrir seu parentesco com elas, pois a alma é parente da idéia como os olhos são parentes da luz.

Bibliografia
PRÉ-SOCRÁTICOS, Col. “Os Pensadores”, vol. 1, seleção de textos e supervisão do prof. Dr. José Cavalcante de Souza, São Paulo,Abril Cultural, 1978.
Bibliografia Complementar
CHAUI, M. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, Volume Único, São Paulo, Editora Ática, 2004.
CHAUI, M. Introdução à História da Filosofia – dos pré-socráticos a Aristóteles, Volume 1, São Paulo, Cia. das Letras, 2002.
COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia: História e Grandes Temas, São Paulo, Ed. Saraiva, 7a tiragem, 2005.
KIRK, G.S., RAVEN, J. E. & SCHOFIELD, M. Os filósofos pré-socráticos, Lisboa, Fund. Calouste Gulbenkian, 1994. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Oficina e Palestra - Projeto Vocacional


Confecção de banco com papelão na oficina de engenharia de produção da faculdade Anhembi-Morumbi




O nosso projeto vocacional tem como objetivo promover aos alunos do ensino médio tanto inquietações quanto respostas sobre as diversas profissões disponíveis no mercado de trabalho.
No dia 24 de abril fomos à Universidade Anhembi- Morumbi para mais um momento de interação entre profissionais e alunos do 2ª e 3ª séries do ensino médio.
Como notei o interesse de grande número de alunos nas profissões de Psicologia e Engenharia, foi elaborada uma palestra para informar sobre as oportunidades e campo de atuação dos psicólogos e uma visita a um laboratório de engenharia de produção, onde foi feito uma dinâmica com um profissional da área.
Estas atividades foram bem interessantes e geraram o conhecimento pretendido, mas também serviram como uma oportunidade de interação entre as salas e professora!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Olimpíadas!!

Olimpíadas de Matemática

É importante que vocês participem desta e das demais Olimpíadas que a escola promove. Por que vocês devem investir em mais uma prova?  Por que mais pressão?
Essas provas e desafios podem fazer a diferença entre você entrar na universidade que escolheu ou entrar naquela que conseguiu passar.
É fundamental que você tenha um diferencial, algo a mais do que os outros candidatos que estão concorrendo com vocês.
Entrem no site da OBM ,www.obm.org.br, acessem as provas e gabaritos anteriores para entenderem o mecanismo da olimpíada. Tirem dúvidas com os professores Válter e Márcia. Estudem em grupos ( além de ter alguém para compartilhar dúvidas e ansiedades pode gerar momentos muito gostosos...).
Já estamos em campanha, na escola, da Olimpíadas de Física, www.obf.org.br, procurem o professor Bruno para suas inscrições.
As Olimpíadas de Biologia, www.anbiojovem.org.br , á encerraram sua primeira fase. Vamos ver como nossos alunos se sairam.
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Estarei acompanhando e a disposição para qualquer dúvida!

Profª Fátima

sexta-feira, 20 de abril de 2012

CET - Prêmio CET

CET - Prêmio CET


Esse projeto é muito interessante. O tema deste ano está, claramente, focado no convívio entre as bicicletas, automóveis e motos. Vamos começar a pensar em algo bem interessante?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Música no contexto social #1

Música: Brasil

Compositor: Cazuza

Letra:

Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha...

Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...

Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer "sim, sim"

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair...

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...(2x)

Confia em mim

Brasil!!

http://letras.terra.com.br/cazuza/7246/

A letra procura retratar uma situação social que vivemos até hoje, de pessoas que usam a violência para sobreviver e sofrem de exclusão social. Nos versos:

“(...) Ver TV a cores

Na taba de um índio

Programada

Prá só dizer "sim, sim" (...)”

Podemos perceber que o compositor se refere à TV como manipuladora, que transforma as pessoas em seres não pensantes. No verso, “Brasil! Mostra a tua cara”, o compositor convoca a sociedade a se manifestar.

quarta-feira, 21 de março de 2012

PARA REFLETIR E PRODUZIR!!

21 DE MARÇO DIA DA CONSCIENTIZAÇÃO - SÍNDROME DE DOWN

Em nossas aulas, tanto de Filosofia quanto de Sociologia, temos discutido preconceito, tolerância ética e cidadania através de diversos instrumentos, como texto, discussões e debates.
Trago este vídeo, pois é uma das mais bem feitas e interessantes peça midiática, voltada para a conscientização de problemas.
Quando discutimos, na 3ª série, sobre tecnologia e mídia voltadas para a solidariedade, podemos pensar na forma que este comercial foi vinculado, inicialmente na televisão, e depois em rede, através do You Tube e suas dispersões.
O comercial do Carlinhos vem ao encontro das discussões sobre inclusão que utilizaremos no Projeto Crianças do Mundo, assim fica como sugestão para as turmas que trabalharam com as séries tuteladas, tanto do Fundamental I quanto do Fundamental II!


quarta-feira, 7 de março de 2012




PROJETO VOCACIONAL

Guia de carreiras: engenharia civil

Cristina BoeckelDo G1, no Rio


Em tempos de crescimento de investimentos em infraestrutura e obras para as Olimpíadas de 2016 e para a Copa do Mundo de 2014, faltam engenheiros no mercado. Este é o alerta da coordenadora do curso de engenharia civil da PUC-Rio, Michele Dal Toé Casagrande, que afirma que a maioria dos estudantes já sai das salas de aula com carteira assinada.
“Os alunos, em torno do quarto ano, do nono semestre, já saem praticamente empregados. A gente não tem casos de recém-formados desempregados. O mercado da engenharia civil é muito relativo com a questão de governo, de investimento em grandes obras”, diz Michele.
A professora conta que o mercado oferece uma gama ampla de oportunidades. Os profissionais podem trabalhar tanto no setor público, com obras públicas nas esferas municipais, estaduais e federais, como no privado, além da possibilidade de seguir a carreira militar. Dentro das Forças Armadas, a maioria das vagas se localiza no Exército, mas também há oportunidades na Marinha e na Aeronáutica, segundo a engenheira.
Porém, para atuar neste mercado, é preciso saber trabalhar em grupo. “O engenheiro civil não pode ser individualista, ele tem que saber trabalhar em equipe. Ele pode trabalhar tanto internamente em escritórios, com projetos, como também em campo”, afirma Michele.

Formação
O curso de graduação em engenharia civil tem a duração de cinco anos. Os dois primeiros são dedicados à construção de uma formação mais sólida nas áreas de matemática e física, que são a base do conhecimento do engenheiro e ajudam a melhorar o raciocínio lógico que será utilizado pelos profissionais em campo. Nos outros três, os alunos passam para a parte profissional e estudam os segmentos específicos da carreira, como as áreas hidráulica, estrutural e de geotecnia.
O trabalho em laboratórios realizado durante o período na universidade pode dar uma noção de como será a vida do engenheiro e auxiliar o estudante a optar por um segmento de preferência dentro da engenharia civil.
Após a graduação, caso deseje voltar a carreira para as aulas em universidades e a realização de experimentos, o engenheiro pode optar por um mestrado e, se ainda quiser continuar o estudos, um doutorado. Mas, segundo Michele Dal Toé Casagrande, antes de escolher um caminho, é interessante experimentar tudo o que a engenharia civil pode oferecer. Ela usa a sua própria trajetória para exemplificar: “Eu me formei em engenharia civil e fiz estágios em diversas áreas: em projetos, em hidráulica, em acompanhamento de obras e decidi pela geotecnia, que envolve fundações, tudo relacionado a solos e rochas, para a construção de estradas. Depois eu fiz mestrado e doutorado para poder atuar como acadêmica em geotecnia.”
Com base em observações do mercado, a professora afirma que o salário inicial varia bastante, dependendo da função que ele ocupa e se ele trabalha como autônomo, na área pública ou em alguma empresa, mas estaria na faixa entre R$ 4,5 mil a R$ 6 mil. Em São Paulo, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) estabelece como piso salarial o valor de R$ 3.270 (seis salários mínimos) para seis horas de trabalho.

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/guia-de-carreiras/noticia/2011/07/guia-de-carreiras-engenharia-civil.htm

sexta-feira, 2 de março de 2012


PROJETO PRÊMIO DAS CRIANÇAS DO MUNDO

Segue link do site que contém a revista The Globe com as informações necessárias para darmos início ao projeto deste ano.

http://worldschildrensprize.org/

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012



PROJETO ORIENTAÇÃO VOCACIONAL


Psicologia é uma  carreira que desperta muito interesse para os alunos do Ensino Médio.

Algumas informações adicionais.


03/01/2012 06h30 - Atualizado em 03/01/2012 18h56
Guia de carreiras: psicologia
Mercado de trabalho não está mais restrito aos consultórios particulares.
Profissão exige amadurecimento pessoal.
Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
Mais do que estar habilitado emocionalmente para lidar com os problemas alheios, o psicólogo precisa estar preparado para enfrentar os próprios fantasmas. Longe de ser extinta, a profissão de lidar com os dramas e conflitos humanos, exige amadurecimento pessoal e gosto pelo estudo.
"O amadurecimento ocorre por meio de dois dispositivos importantes: o acompanhamento de um profissional mais experiente durante a formação e também com terapias para ajudar a compreender sua atuação", diz a psicóloga Tatiana Benevides Magalhães Braga.
Se o crescimento pessoal é importante, a formação técnica também é imprescindível para se obter registro junto ao Conselho Regional de Psicologia e conseguir atuar oficialmente. O curso superior traz disciplinas que vão desde estatística até psicanálise. A duração é de quatro anos para bacharelado ou cinco anos para obter diploma em licenciatura.
Diferente do que acontecia há alguns anos, o mercado de trabalho do psicólogo não está mais restrito aos consultórios particulares. Profissionais formados em psicologia podem atuar nas áreas de assistência social, saúde, educação, recursos humanos, entre outros. Como não há um piso salarial nem carga horária definida, é comum que os psicólogos conciliem mais de um emprego em diferentes setores.
Por ser uma área ligada ao cuidado com o outro, a profissão por muitos anos esteve associada ao universo feminino. "Isso está mudando. Na verdade há um preconceito como se o 'cuidado' estivesse relacionado apenas ao campo feminino. O homem também cuida. O fato é de que há muito mais homens entrando e se formando nas universidades do que antes", diz o psicólogo Allan Saffiotti.
Psiquiatra x psicólogo
Apesar de haver confusão entre as duas carreiras, Saffiotti lembra as diferença entre elas. Para ser psiquiatra é necessário se formar em medicina e fazer residência em psiquiatria. Por ser médico está habilitado a prescrever remédios, diferente do psicólogo, formado em psicologia.
A maneira de atuar também muda. "Enquanto o psiquiatra tende a ver a doença como uma questão orgânica que leva à medicação, o psicólogo vai tentar cuidar da pessoa por outro caminho, entendendo as causas dos problemas." As práticas, segundo o psicólogo, se complementam e não se opõem.
Saffioti trabalha em uma clínica pública de saúde mental, em São Paulo, e atende psicóticos e neuróticos graves. "A vantagem de ser trabalhar em um Caps é atuar junto com uma equipe multidisciplinar, você nunca está sozinho cuidando dos pacientes. O trabalho é ao mesmo tempo gratificante e desgastante. Você cuida de pacientes que estão em uma situação miserável, mas tem a possibilidade de vê-lo, ao longo do tempo, se estruturar na vida. Isso não tem preço.

PROJETO ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

Segue, abaixo, retirado do Guia das Carreiras, portal G1, informações sobre a carreira de aviação civil.

 

28/02/2012 07h00 - Atualizado em 28/02/2012 07h00
Guia de carreiras: aviação civil
Curso superior tem vantagens em relação à formação dos aeroclubes.
Além de ser piloto, estudante pode atuar em áreas administrativas.
 
Vanessa FajardoDo G1, em São Paulo
Quem pretende se tornar piloto de avião tem dois caminhos: pode fazer um curso em algum aeroclube ou, ainda, optar por uma graduação de aviação civil oferecida por instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação. Uma das vantagens de quem tem formação superior nesta área é que, segundo especialistas, na hora de contratar pilotos, as grandes companhias aéreas exigem menos horas de voo e estes ingressam mais rápido no mercado de trabalho do que os formados em aeroclubes.
Assista vídeo acima sobre a carreira de aviador civil.
Uma hora de voo pode custar até R$ 1.000 e toda a parte prática é realizada nos aeroclubes. As instituições de ensino costumam ter simuladores de voo, mas eles não são suficientes para o estudante cumprir a carga horária exigida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) na formação de pilotos.
"Para a Anac, tanto o aeroclube como a universidade são escolas de aviação. Temos a mesma homologação dos aeroclubes. A grande diferença é que o aeroclube ensina somente aquilo que ocorre no voo e a universidade ensina também todas as áreas relacionadas, e proporciona um conhecimento amplo em relação à aviação", afirma Edson Luiz Gaspar, coordenador do curso de aviação civil da Universidade Anhembi Morumbi.

O conteúdo do curso de aviação civil inclui disciplinas relacionadas à física como aerodinâmica de voo, navegação, meteorologia e regulamento de tráfego aéreo. A duração é de três anos. A graduação também habilita o profissional a trabalhar em áreas administrativas como gestor de aeroportos ou de empresas aéreas.
"Na aviação há várias carreiras com diferentes atuações. Em uma companhia aérea, por exemplo, há pessoas que gerenciam a aeronave, a compra e a venda das passagens, elaboram a escala de voo, cuidam da saúde do piloto. Há uma equipe muito grande que permite que o piloto voe e atinja seu destino", diz Gaspar.
Por conta dessa ampla capacitação é comum, de acordo com o coordenador, muitos alunos ingressarem na aviação civil em cargos administrativos para bancar a parte prática do curso com as horas de voo e depois migrarem de área e se tornarem pilotos.
Apesar das vantagens, a graduação, no entanto, pode ser uma opção mais cara se comparada ao curso dos aeroclubes. Segundo Gaspar, a faculdade custa de R$ 120 mil a R$ 150 mil, incluindo as horas de voo, enquanto no aeroclube, o preço deve ficar em torno de R$ 100 mil.
Percurso para voar
Depois de passar por uma rígida bateria de exames médicos no Hospital da Aeronáutica, estudar a parte teórica, fazer 40 horas de voo e concluir o primeiro ano de faculdade, o estudante recebe o brevê (licença) para atuar como piloto privado, o que não permite que ele seja remunerado. A partir do segundo ano do curso, com nova série de exame e mais 40 horas de voo instrumental  e outras 70 horas de voo (noturno e diurno), o estudante adquire o brevê de piloto comercial e já pode trabalhar.
Carlos Kodel, de 37 anos, é piloto da Avianca Linhas Aéreas e se formou em aviação civil em 2003 pela Anhembi Morumbi. Para ele, a faculdade deu uma boa base para a progressão da carreira. "No curso você tem acesso a uma gama de matérias que te dão uma noção de 360 graus de tudo que ocorre a sua volta. Pilotos que têm curso superior de aviação levam vantagem e as empresas aéreas entenderam isso."

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

PROJETO VOCACIONAL




Para conheceremos e  pensarmos a profissão de pedagogo, que hoje está muito desvalorizada, mas que tem muitos atrativos.


AÇÃO DE PEDAGOGO EXTRAPOLA SALA DE AULAAção de pedagogo extrapola sala de aulaEngana-se quem acha que lugar de pedagogo é só na sala de aula. Atualmente, além de atuar em escolas, o profissional pode trabalhar em empresas de recursos humanos, editoras e até em museus e jardins zoológicos. Isso mesmo. Ele pode chefiar a equipe de monitores desses locais, montar a programação e ajudar a produzir as explicações sobre cada item - vivo ou morto -do local. 

Contrariando a grande maioria que atua em escolas, a pedagoga Helena Quadros escolheu trabalhar com ambiente. Ainda na faculdade, na década de 80, ela começou a trabalhar no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (Pará), onde está até hoje, como coordenadora do núcleo de visitas.

Nas duas primeiras semanas deste mês, ela recebeu 5.000 estudantes no local. Mostrou para eles um pouco do acervo, que, além de plantas, tem animais, como onça, jacaré e cobras. "Adoro saber que estou ensinando as pessoas a preservar a natureza", diz ela. De tempos em tempos, Helena é convidada para falar sobre a importância da pedagogia fora da sala de aula em sua cidade. "Ainda é a minoria que opta por outras áreas, que são tão importantes quanto a educação escolar", diz.

Nos colégios, a área em que o pedagogo está mais presente é como professor de educação infantil e do primeiro ao quarto ano do ensino fundamental. Ele pode também trabalhar como coordenador pedagógico ou diretor da instituição.

Problemas

Segundo a pedagoga Silvia Colello, que dá aula de pedagogia na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, a profissão está desvalorizada. "Antes, ser padre, prefeito ou professor dava prestígio", diz ela. "Hoje, as pessoas não respeitam mais tanto o professor." Mas ela completa: "E é aí que está o bacana. É o desafio de se envolver em uma causa que vale a pena".

Silvia exemplifica a recompensa com casos de pedagogos que trabalham em hospitais com crianças que buscam a aprendizagem como forma de se agarrar à vida e outros que ensinam adultos analfabetos a ler. "O trabalho de educar traz muito retorno."

Na maioria das faculdades, o aluno é obrigado a cumprir cerca de 400 horas de estágio, que pode ser não-remunerado se feito em alguma escola pública, ou pago, se for em empresas ou escolas particulares.

Trabalho

O salário inicial de um pedagogo no ensino infantil é de aproximadamente R$ 660, por 22 horas semanais. Sobre o mercado de trabalho, a afirmação freqüente entre pedagogos é que existe um paradoxo na profissão. "A qualidade do ensino está muito precária no Brasil. Se houvesse salas de ensino infantil e fundamental com até 20 alunos, a educação seria melhor e haveria mais empregos, pois aumentaria o número de salas de aula", critica Selma Garrido Pimenta, pró-reitora da graduação da USP e autora do trabalho "Pedagogia e Pedagogos: Caminhos e Perspectivas".

Outra incongruência que ela cita é o fato de algumas escolas estarem cortando professores com cursos de pós-graduação. "Ter uma especialização traz mais chances de trabalho, mas, ao mesmo tempo, por também trazer salários maiores, muitos profissionais estão sendo cortados das escolas."

Para Noely Weffort de Almeida, que leciona história da educação e estrutura e funcionamento da educação básica no curso de pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, uma saída para as dificuldades do mercado de trabalho é "perceber que o trabalho não está só na sala de aula". "Ensinamento para idosos, por exemplo, é uma área que está crescendo bastante."

Um mito, segundo a pedagoga Silvia, é achar que ser pedagogo é ensinar as quatro operações matemáticas e a ler e a escrever. "Ser pedagogo é tão legítimo quanto ensinar um estudante de qualquer idade. O pedagogo dá a base que o aluno vai usar por toda a vida.

"Fonte: LUISA ALCANTARA E SILVA da Folha de S.Paulo - 31/10/2007